EUA: desviados mais de 793,5 M€ do apoio a vítimas furacões
Mais de 1.000 milhões de dólares (793,5 milhões de euros) de ajudas federais foram fraudulentamente desviados depois da passagem dos furacões Katrina e Rita no sul dos Estados Unidos (2005), revelou quarta-feira um auditoria do Tribunal de Contas (GAO).
De acordo com o relatório desde organismo dependente do Congresso, houve pessoas que utilizaram fundos em princípio destinados a cobrir as necessidades básicas das vítimas dos furacões para comprarem bilhetes da liga de futebol norte-americana, férias nos trópicos, vídeos pornográficos, champanhe e, até, para pagar honorários a um advogado num processo de divórcio.
Entre os peticionários das verbas aparecem nomes de reclusos em estabelecimentos prisionais e até de um cidadão cuja morada se veio a apurar ser a do cemitério de Nova Orleães, indica o documento.
Após a passagem do Katrina, a agência federal para a gestão de crises (FEMA) distribuiu cartões de crédito às vítimas do furacão para comprarem bens de primeira necessidade.
Alguns foram usados em fins bem diferentes, segundo o GAO, como por exemplo 600 dólares (476 euros) pagos num clube de strip-tease.
O GAO não escondeu que a fraude poderá ser muito maior, com o desvio de 16 por cento da totalidade dos fundos desbloqueados para as vítimas dos furacões.
COMENTÁRIO Assim se faz política interna nos Estados Unidos da América. Esta falta de controlo, que não é de agora, promove cada vez mais uma desigualdade social em que o justo vai pagar sempre pelo prevaricador, que fica quase sempre impune. Mas com os exemplos vindos de cima, Casa Branca, Pentágono, etc. não é de admirar. Fazem o que os seus governantes lhes ensinam e promovem. Um bom exemplo, não acham? Esta história fez-me lembrar, noutras proporções claro, a distribuição de subsídios europeus ( CEE ), feita pelo actual Presidente da República quando era Primeiro Ministro. Quando em 87, em vez de por exemplo se fomentarem as cooperativas agrícolas ( que não sei porquê, é uma palavra proibida para ao nossos governantes desde 76 ) passou-se a distribuir o dinheiro primeiro pelos correlegionários, depois pelos apoiantes, mais tarde pelos outros mas sempre sem o controlo efectivo e isento. Que aconteceu? Em vez de modernizar alfaias agrícolas compraram jipes para passeio por exemplo. Mas ao que parece por cá, nunca se teve a exacta ideia do real prejuízo que Cavaco Silva deixou aos cofres do Estado. Pelo menos nisso os americanos são mais rigorosos.
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